segunda-feira, 2 de abril de 2012

Brasil estuda uso do PET em embalagens de alimentos



Kleyzer Seixas, do A Tarde On Line
Kleyzer Seixas / Agência A Tarde


A maior parte do PET reciclado é destinado à industria têxtil, que detém cerca de 60% deste mercado no Brasil, e tranforma material em malas, mochilas e vestuário em geral. O restante é aproveitado pelas indústrias automotiva e de transportes, por exemplo. Agora é discussão é sobre a reutilização do PET em embalagens de produtos do ramo alimentício. Atualmente, este uso é proibido no Brasil, devido à falta de tecnologia apropriada. 
Para que pudesse ser reaproveitado nas embalagens de alimentos, o PET precisaria passar por um processo específico, que ajuda a descontaminar o material com mais precisão do que é feito atualmente. Uma consulta pública na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda a possibilidade de liberar esta utilização. A nova tecnologia está sob análise do Ministério da Saúde (MS), em conjunto com a Anvisa. A coordenadora pesquisa da Abrelpe, Silvia Martarelo, salienta que o novo processo, por ser mais avançado, será também mais oneroso.
Países como os Estados Unidos e França saíram na frente e já utilizam a embalagem monocamada de PET, conhecida pela sigla URRC, e que permite o contato direto com alimentos e bebidas. A descontaminação é feita por um sistema de superlavagem, cujo principal avanço é garantir o mesmo nível de limpeza da matéria prima virgem. Martarelo destaca a necessidade de o Brasil implantar uma tecnologia similar: “Estaríamos reintroduzindo o PET em um outro ciclo, alem dos já existentes, e que são importantes para o segmento e para a preservação do meio ambiente”.

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