Kleyzer Seixas, do A Tarde On Line
Kleyzer Seixas / Agência A Tarde
A maior
parte do PET reciclado é destinado à industria têxtil, que detém cerca de 60%
deste mercado no Brasil, e tranforma material em malas, mochilas e vestuário em
geral. O restante é aproveitado pelas indústrias automotiva e
de transportes, por
exemplo. Agora é discussão é sobre a reutilização do PET em embalagens de
produtos do ramo alimentício. Atualmente, este uso é proibido no Brasil, devido
à falta de tecnologia apropriada.
Para que
pudesse ser reaproveitado nas embalagens de alimentos, o PET
precisaria passar por um processo específico, que ajuda a descontaminar o
material com mais precisão do que é feito atualmente. Uma consulta pública
na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda a
possibilidade de liberar esta utilização. A nova tecnologia está
sob análise do Ministério da Saúde (MS), em conjunto com a Anvisa. A
coordenadora pesquisa da Abrelpe, Silvia Martarelo, salienta que o novo
processo, por ser mais avançado, será também mais oneroso.
Países
como os Estados Unidos e França saíram na frente e já utilizam a embalagem
monocamada de PET, conhecida pela sigla URRC, e que permite o contato
direto com alimentos e bebidas. A descontaminação é feita por um sistema de
superlavagem, cujo principal avanço é garantir o mesmo nível de limpeza da
matéria prima virgem. Martarelo destaca a necessidade de o Brasil implantar uma
tecnologia similar: “Estaríamos reintroduzindo o PET em um outro ciclo,
alem dos já existentes, e que são importantes para o segmento e para a
preservação do meio ambiente”.
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