Kleyzer Seixas, do A Tarde On Line
O Brasil
recicla cerca de 47% de todo o PET (Poli Tereftalato de Etileno)
consumido no País, segundo dados da Associação Brasileira de Pet (Abepet). No
total, são recicladas cerca de 170 mil toneladas ao ano, conforme informações
da Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem).
Os dados
referentes ao valor movimentado pelo produto ainda não foram calculados. De
acordo com o diretor
executivo da Cempre, André Vilhena, não há como precisar quanto é arrecadado
apenas com a reciclagem do PET. A reciclagem em geral, incluindo papel,
plástico, PET e metal, movimenta R$ 8 bilhões por ano.
O crescimento do
processo de reciclagem, segundo Vilhena, é estimulado pelas cooperativas, que
têm a atividade como importante fonte de receita. “O PET tem valor agregado e
ganhará ainda mais com o avanço da tecnologia nessa
área”, diz. O investimento no setor é destacado também por Hermes Cortesini, da
Abepet. Segundo dele, a indústria de resina virgem para embalagem (usada para
fazer garrafa PET) cresceu 367%
desde 1994.
“O dado
de 47% é apenas a ponta do iceberg, porque por trás temos todo um trabalho da
indústria do PET, com empresas e cooperativas interessadas em melhorar o setor,
que traz benefícios ambiental e social”, destacou Cortesini. Atualmente, cerca
de 300 empresas reciclam o PET consumido no Brasil, a maioria em São
Paulo. Desse total, 40 empresas usam o PET para a fabricação de outros
produtos, além da destinação para a industria têxtil.
O
resultado coloca o Brasil entre os maiores recicladores do material no mundo.
"Se levarmos em conta que outras pessoas e associações independentes trabalham
com a reciclagem do PET e ficam de fora de nossas estatísticas oficiais,
chegamos à conclusão que estamos acima dos 50%. Nenhum outro país recolhe e
processa 50% do PET que produz, além do Japão”, conta Cortesini.
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